Torre Reforma vence o International Highrise Award de 2018

Torre Reforma. Imagem © Alfonso Merchand

O edifício de escritórios Torre Reforma, na Cidade do México, recebeu meu o prêmio de arranha-céu mais inovador do mundo, reconhecimento concedido bi-anualmente pelo Deutsche Architekturmuseum (DAM). Uma das honrarias mais importantes no mundo da arquitetura no que se refere à edifícios em altura, o International Highrise Award é entregue a cada dois anos àquele projeto de edifício que melhor exemplifica critérios de projeto voltados para o futuro, aonde funcionalidade, inovação tecnológica, integração de sistemas e desenvolvimento urbano, sustentabilidade e custo-benefício são avaliados rigorosamente.

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Torre Reforma. Imagem © Alfonso Merchand

O prêmio em dinheiro no valor de 50.000 euros além de uma estatueta criada pelo renomado artista internacional Thomas Demand, é concedido aos criadores e desenvolvedores do projeto. O arquiteto responsável pelo projeto e fundador do escritório LBR + A, Benjamín Romano, recebeu as condecorações na cerimônia de premiação na Paulskirche, em Frankfurt na noite de primeiro de novembro deste ano. O prêmio IHA foi outorgado pelo Dra. Ina Hartwig, Vice-Presidente da Cidade de Frankfurt, Dr. Matthias Danne, Membro do Conselho de Administração responsável pela área de Finanças, Tesouraria e Propriedade do DekaBank e Peter Cachola Schmal, Diretor do Deutsches Architekurmuseum (DAM).

A comissão responsável pelo IHA descreveu toda a inovação por trás do projeto: "em contraste com a tendência internacional das últimas décadas, direcionada a construção de torres residenciais, bem como projetos de uso misto cada vez maiores e mais numerosos na Ásia, o vencedor deste ano é mais uma vez um clássico edifício de escritórios. No entanto, neste projeto apenas o seu tipo de uso é convencional. Os recorrentes abalos sísmicos que atingem a Cidade do México exigem um conceito estrutural inteligente, o qual se materializa na forma marcante desta torre de escritórios de 246 metros de altura. Assumindo e revelando esta estrutura, a Torre Reforma, concebida por Benjamín Romano, coloca a capital do México no mapa dos arranha-céus mais inovadores do mundo".

Torre Reforma. Imagem © Alfonso Merchand

Benjamín Romano disse na ocasião: "este prêmio é especialmente valioso não apenas para mim, mas para todos aqueles que estiveram comprometidos com este projeto - arquitetos, engenheiros, desenvolvedores - que não se trata apenas de um edifício em si, mas de desafios financeiros, estruturais, ambientais e normativos inerentes. Acredito que que a melhor arquitetura é aquela que encontra a resposta para esses desafios, aquela que emana das necessidades, do contexto e da realidade, e não apenas da imaginação ou dos critérios estéticos de uma só pessoa”.

Dos mais de 1000 arranha-céus que foram encomendados ao redor do mundo nos últimos dois anos, o Deutsches Architekturmuseum (DAM) fez uma lista dos projetos mais inovadores, contanto com um total de 36 edifícios espalhados por 15 países diferentes. Um júri internacional de especialistas formado por arquitetos, engenheiros estruturais e especialistas na área, selecionara cinco finalistas para concorrer ao prêmio deste ano. O júri foi composto por Sean Anderson, Knut Stockhusen, Horst R. Muth, Peter Cachola Schmal, Jette Cathrin Hopp, Kai-Uwe Bergmann, Dr. Ina Hartwig, Prof. Ulrike Lauber e Thomas Schmengler.

Torre Reforma. Imagem © Alfonso Merchand

Descrição do projeto:

No meio de uma cidade flutuante, com altíssimos índices de terremotos, a característica fachada da Torre Reforma, na Cidade do México, tem mais do que apenas propósitos estéticos. As duas empenas de concreto aparente em conjunto com a terceira fachada de vidro, não apenas criam uma planta triangular e um volume prismático que salta aos olhos, mas também criam um edifício extremamente resistente à terremotos. Estas cortinas de concreto atingem 60 metros de profundidade conformando uma fundação rígida e estável. Além disso, o edifício é capaz de movimentar-se com as forças sísmicas, uma vez que as grandes aberturas ficam do lado de fora destas paredes maciças agindo como "zonas de deformação", conectadas a uma estrutura de aço que suporta os pavimentos e é toda rotulada com dobradiças flexíveis. Durante o severo terremoto de setembro de 2017, este conceito provou ser altamente eficaz.

A partir de uma altura de 200 metros, uma das duas paredes de concreto se inclina para dentro. Esse recurso é uma resposta às normas de construção da Cidade do México: arranha-céus no Paseo de la Reforma não podem superar o dobro da largura da via. Quando um edifício excede essa altura, a parte superior deve ser embutida ou afunilada. Devido à interpretação criativa do arquiteto, o edifício, dependendo do ponto de vista do observador, não altera apenas a sua materialidade, mas também a sua forma escultórica.

A grande fachada de vidro do edifício se abre completamente para o grande parque da cidade, o Bosque de Chapultepec. Com a finalidade de criar espaços adicionais, as lajes se libertam das amarras da estrutura de concreto avançando para frente, criando uma nova linha, quase imperceptível, na fachada de vidro.

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Sobre este autor
Cita: Baldwin, Eric. "Torre Reforma vence o International Highrise Award de 2018" [Torre Reforma Wins the 2018 International Highrise Award] 06 Nov 2018. ArchDaily Brasil. (Trad. Libardoni, Vinicius) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/905117/torre-reforma-vence-o-international-highrise-award-de-2018> ISSN 0719-8906

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